O Dia Mundial do Coração ( 29 de setembro) busca conscientizar a população sobre a importância da adoção de um estilo de vida saudável para prevenir as doenças do coração e da circulação, com o intuito de reduzir a incidência de doenças coronarianas.

 No Brasil, cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país!

Os principais fatores de risco para eventos cardiovasculares são: hipertensão, diabetes, dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), histórico familiar, estresse, tabagismo, obesidade, sedentarismo e doenças da tireoide. O uso de drogas ilícitas, como a cocaína, também pode levar ao infarto agudo do miocárdio. Os jovens devem procurar o cardiologista mais precocemente, objetivando a identificação de qualquer sinal de alerta, enfatizando que o tabagismo pode desenvolver doença coronariana, independente dos demais fatores de risco envolvidos.

O Dia Mundial do Coração ainda serve para alertar que muitas doenças cardiovasculares são assintomáticas. Sem nenhuma indicação, os pacientes só descobrem que precisam de cuidados quando algum quadro se manifesta — como um infarto. Por isso a prevenção é tão importante.

O diagnóstico precoce de problemas cardiovasculares nos mais jovens possibilita melhores tratamentos e controle mais rígido das doenças relacionadas ao coração, que podem se agravar ao longo dos anos se não forem corretamente tratadas. A prática de atividades físicas regularmente e a redução do estresse, associadas ao controle do colesterol elevado e a uma alimentação saudável, tendem a reduzir em 80% dos óbitos.

 

E como a enfermagem pode atuar na cardiologia, principalmente dentro de uma universidade com a UNIFESP?

 Bem, para isso procuramos o Professor Dr. Vinicius Batista Santos, especialista em enfermagem cardíaca, professor da disciplina Fundamentos de Enfermagem do Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica da Escola Paulista de Enfermagem, membro fundador da Rede de Pesquisa em Processo de Enfermagem e membro do European Society of Cardiology.

 

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Professor, como funciona o grupo de pesquisa aqui da escola que o senhor participa?

Nosso grupo de pesquisa trata sobre o processo de enfermagem, principalmente na área de cardiologia. Esse Grupo de Pesquisa é composto, basicamente, por quatro pesquisadores, que realizam principalmente, estudos voltados para pesquisa e ensino na área da enfermagem cardiológica.

Nós tivemos nesse Grupo de Pesquisa um curso de especialização intitulado: Enfermagem Cardiologia. Ele foi um curso especializante na área, em que o mantivemos de maneira ininterrupta por 15 anos, em virtude de outras demandas, encerramos temporariamente as atividades deste curso de especialização. Por outro lado, nasceu a Liga de Enfermagem em Cardiologia, aqui na nossa EPE, no qual sou tutor.  Temos também um projeto de extensão na área de cardiologia, que é chamado de educaCAO. Educação, paciente com doença arterial coronariana. 

Então, basicamente, eu, professora Juliana Lima Lopes, professora  Camila Takao e a Professora Alba, que é a nossa professora titular, nós trabalhamos com o tripé do que a escola fala sobre ensino, especificamente, trabalhamos com ensino na área de enfermagem cardiológica tanto aqui dentro da escola como em outros ambientes de ensino da cardiologia. Atualmente, temos exercido uma atividade expressiva e significativa na Sociedade de Cardiologia e trabalhamos com a extensão, a pesquisa e a qualificação da assistência por meio de alunos de PIBIC, mestrado e doutorado, com pesquisas financiadas pelo CNPq. 

 Também executamos projetos de extensão voltados à área da orientação ao paciente em cardiologia. Na última orientação de graduação, um estudante montou um jogo educativo para o paciente com doença coronariana, é um jogo de tabuleiro para a entrada dos pacientes, com o intuito de aumentar o nível de conhecimento dessas pessoas sobre suas doenças. Adicionalmente, temos pesquisas também vinculadas à Educação em Saúde, uma estudante do mestrado desenvolveu mensagens de texto com desenho para a rede social WhatsApp para melhor adesão medicamentosa em pacientes com doença arterial coronariana, refletindo o tripé ensino-pesquisa-extensão.

 O grupo de pesquisa é composto por 10 estudantes em todos os níveis educacionais, de graduação, de mestrado e de doutorado com pesquisas financiadas tanto pela Fapesp quanto pelo CNPQ.

 Nossas linhas de pesquisa estão centralizadas em estudos com paciente com infarto e pacientes com insuficiência cardíaca e associado a isso a gente ajuda e auxilia na formação dos graduandos com a  Liga Acadêmica de Enfermagem em Cardiologia (LAEC).  Ela tem um canal no Instagram (@laecpaulista). Ela é composta por alunos por ser uma liga acadêmica, então nós temos aulas teóricas duas vezes por semana, além de outras atividades como congressos. Esse ano nós fizemos o segundo Simpósio Multiprofissional em Cardiopatia Congênita. Hoje realizamos curso de eletrocardiograma, curso de exames laboratoriais. Os cursos gratuitos da LAEC são realizados por professores da EPE e também por professores convidados e abertos para a comunidade Brasileira. A gente acorda e dorme falando de cardiologia

 Aplicamos todo o conhecimento desenvolvido nas pesquisas, aprimoramento do ensino, extensão e qualificação da assistência para pacientes ambulatoriais, Internados e  hospitalizados. Atualmente, estou com um projeto de pesquisa-ação de ultrassom por enfermeiros em pacientes com doenças cardiovasculares, temos várias fases e obviamente que a andorinha não faz verão sozinha? Todos os quatro professores, outros professores externos e seus estudantes estão envolvidos na pesquisa. A coordenação se concentra em dois professores da EPE, pesquisadores do CNPq: temos uma professora que é coordenadora do Centro de Desenvolvimento de Diagnósticos de Enfermagem da NANDA. E eu, como uma representação externa, do Conselho Regional de Enfermagem, o COREN.

 

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